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quinta-feira, julho 05, 2007

Sangramento na gengiva é sinal de doença


A boca desenvolve variadas e complexas funções.
Por ela as pessoas falam, se alimentam, respiram, beijam.
Porém, se mal cuidada, pode ser a porta de entrada de muitas doenças, com sérias complicações para todo o organismo. Hábitos saudáveis e a correta higiene bucal são condições essenciais para prevenir enfermidades periodontais inflamatórias como gengivite e periodontite.
A primeira se caracteriza pela coloração “vermelho vivo” e pode apresentar sangramento espontâneo ou ao toque da escova e/ou fio dental.
Quando estes sinais clínicos aparecem, normalmente o paciente imagina que o sangramento se dá pelo trauma causado pela escova e o fio dental, mas para que isso aconteça, o fio dental tem de “cortar” a gengiva ou a escova é dura demais.
Portanto, se está sangrando, o dentista deve ser consultado.
Se não for tratada, a gengivite pode evoluir para a doença periodontal, ou seja, as toxinas produzidas pelas bactérias abrirão caminho por um pequeno espaço entre o dente e a gengiva (sulco gengival), atacando também a parte de sustentação dos dentes.
Conseqüentemente, teremos a destruição do tecido ósseo que envolve os dentes e estes começarão a amolecer e mudar de posição. A invasão bacteriana é lenta e na maioria das vezes indolor, com isso a pessoa acaba se acostumando, relatando que às vezes a gengiva sangra, incha e sai pus, mas retorna ao quadro clínico normal.
O problema é que a destruição óssea é um processo irreversível e o que o periodontista faz é eliminar a infecção e estabilizar a perda óssea. No entanto, o ganho de osso e gengiva na região afetada é pequeno, a não ser nos casos em que são feitos tratamentos cirúrgicos de enxertia óssea e gengival.
Uma vez formado o tártaro (mineralização da placa bacteriana), o paciente não conseguirá removê-lo com a escova e o fio dental. Portanto, somente o dentista conseguirá sanar o problema, sendo que controles periódicos são fundamentais para a longevidade do tratamento. Isso porque, pessoas que tiveram problemas periodontais, são aquelas mais susceptíveis à formação do tártaro, ou pelo tipo de saliva, alimentação ou flora bacteriana.
Além dos problemas bucais, as bactérias envolvidas na doença periodontal podem vir a afetar o coração (endocardite bacteriana), vias respiratórias e trato gastrointestinal, que são infecções de grande porte e de tratamento com medicação antimicrobiana.
A perda de um elemento dental pode ser restituída através de vários tratamentos reabilitadores e uma delas é o implante osseointegrado, mas isso não significa que este paciente não está mais susceptível à doença periodontal, pois da mesma forma que ele pode perder dentes através da doença, também poderá perder os implantes por infecção (periimplantite).
Os sinais clínicos são semelhantes: vermelhidão gengival, sangramento espontâneo ou ao toque, mobilidade dos implantes, pus. Por isso, após a instalação, a pessoa deve fazer exames periódicos, como o chamado radiográfico (realizado anualmente).
A melhor forma de prevenir as doenças periodontais inflamatórias, além da correta higienização, são os marcadores de bactérias, encontrados na forma de pastilhas, soluções ou em cremes dentais.
O produto, quando passados nos dentes e gengivas e enxaguados com água deixam marcadas em vermelho as regiões onde ainda há placa bacteriana. Depois, basta voltar aos locais e removê-las com o fio dental ou com a escova.
Além disso, é importante usar o raspador de língua para descontaminá-la e tirar a saburra, fazer bochechos enxagüatórios com flúor (mesmo nos adultos) e evitar a ingestão de sacarose (açúcar) no período entre as refeições, porque a mesma potencializa a velocidade de formação da placa bacteriana.

sexta-feira, junho 15, 2007

Chiclete pode ser o inimigo da cárie

A notícia deverá deixar muitos pais surpresos, mas um chiclete – isso mesmo – poderá se transformar na nova arma contra a cárie.
Quem garante são os pesquisadores da indústria alemã Basf.
Eles criaram uma goma de mascar com uma bactéria que protege os dentes contra as famosas, indesejadas e muitas vezes doloridas ulcerações dentárias.
São as bactérias ácido-láticas (Lactobacillus) ou também conhecidas como probióticas. Cultivadas e reproduzidas em laboratório, elas são conhecidas como “bactérias do bem”.
O título, obviamente, não é por acaso.
Esses microorganismos têm o papel de proteger o organismo da proliferação de bactérias maléficas ao mesmo tempo que favorecem o crescimento daquelas que fazem bem à saúde. Elas são encontradas normalmente, por exemplo, em iogurtes, e têm papel importante no equilíbrio da flora intestinal.
No trabalho alemão, as Lactobacillus foram testadas na prevenção da cárie com resultados muito satisfatórios, segundo os pesquisadores. As bactérias probióticas impediram a ação de uma outra bactéria, a Streptococcus mutans.
Essa, sim, uma verdadeira bactéria do mal.
O agente se reproduz continuamente na superfície dos dentes transformando açúcar em ácidos agressivos que danificam o esmalte dos dentes. O fim desse processo é a cárie. “Com o Lactobacillus anticáries descobrimos um antagonista que se prende aos germes causadores do problema. Dessa maneira, essas bactérias evitam que eles grudem na superfície dos dentes”, afirma Andreas Reindl, da Basf, um dos pesquisadores do estudo.
Após os resultados dos experimentos, a empresa, em parceria com companhias fabricantes de produtos de higiene bucal, planeja lançar no ano que vem não só o chiclete, mas também outros artigos do gênero contendo a bactéria.
A descoberta – e a chegada de produtos às mãos do consumidor – é importante porque amplia as possibilidades de evitar a cárie dentária, um problema que afeta cinco bilhões de pessoas em todo o mundo.
Os dados são da Organização Mundial da Saúde. Por isso, é claro que a notícia mexeu com a comunidade de dentistas. Mas eles preferem a cautela, pelo menos por enquanto.
O produto age apenas sobre um tipo de bactéria, mas existem outras que provocam doenças graves, como a gengivite, por exemplo.
Assim, nunca é demais lembrar que nenhum produto é mais eficaz para combater cáries do que a escova e o fio dental.
Além disso, visitas semestrais ao dentista são obrigatórias.

QUEM É A "BACTÉRIA DO BEM"

•Os lactobacillus são bactérias que trabalham em defesa do organismo.
•Elas favorecem a proliferação de outras bactérias benéficas ao corpo e reduzem a concentração das que são maléficas.
•Ela é útil contra a cárie porque combate a bactéria Streptococcus mutans, um dos principais agentes causadores do problema.
Goma de mascar sem açúcar previne cáries, aponta pesquisa


Ao contrário do que muita gente pensa, dar uma goma de mascar para as crianças após as refeições pode ser um ato saudável. Segundo uma pesquisa publicada neste mês pelo Instituto Nacional de Pesquisa Dentária e Craniofacial dos Estados Unidos, chicletes que substituem o açúcar por adoçantes artificiais não só são inofensivos como ainda previnem as cáries.

A pesquisa, elaborada pela pesquisadora e professora associada da Escola de Medicina Dental da Universidade Harvard (EUA) Catherine Hayes, revisa 14 estudos clínicos que avaliaram os efeitos de adoçantes como o sorbitol quanto à incidência de cáries.

Os estudos mostram uma consistente diminuição de cáries dentais com o uso destas substâncias. Entre 30% e 60% dos participantes que usaram gomas de mascar ou cremes dentais com adoçantes (edulcorantes) na fórmula apresentaram queda na incidência do problema.
Esses adoçantes não são metabolizados pelas bactérias que causam as cáries.

Assim, a bactéria não consegue produzir o ácido que ajuda a descalcificar o dente.
As crianças que mascam gomas sem açúcar não têm cáries, e as que mascam chicletes açucarados têm. Simples.


Efeito secundário

A substituição de açúcar por adoçantes em gomas de mascar é benéfica por evitar efeitos negativos. Mas a prevenção ativa das cáries é, apenas secundária.
Elas [as gomas sem açúcar] estimulam a salivação, e a saliva é anticariogênica (previne as cáries).
De acordo com a pesquisa de Hayes, todas as pesquisas analisadas demonstram que edulcorantes, como o sorbitol, auxiliam na redução dos índices de aparecimento de cáries.
Há uma gama muito grande de tipos e sabores de gomas de mascar sem açúcar que são uma opção boa para a educação das crianças.
Lembre-se, porém, que excessos são sempre perigosos.
Se a criança passar o dia inteiro mascando chiclete, isso pode ter um efeito negativo. O aspartame, por exemplo, pode causar intolerância. Obviamente, não se recomenda que isso seja usado indiscriminadamente.
Indica-se aos pacientes que masquem chicletes sem açúcar até no máximo dez minutos, apesar de não haver estudos sobre o tempo ideal.
O efeito das gomas de mascar sem açúcar serão nulos se outros fatores, como dieta e higiene bucal, não forem corretamente controlados.
Mesmo assim, no geral, os especialistas consideram as gomas de mascar positivas.
Além de estimular a salivação, o chiclete remove restos alimentares, e é bem melhor dar um chiclete sem açúcar do que uma bala.
Recomendamos seu uso a crianças que comem doces em excesso.

quarta-feira, junho 06, 2007

Pacientes com dor orofacial crônica apresentam mais bruxismo


O bruxismo, hábito de apertar e ranger os dentes é comum em cerca de 15% das pessoas. Esses pacientes podem sofrer fortes dores de cabeça, desgaste dos dentes e distúrbios da articulação mandibular.

Normalmente este hábito ocorre à noite onde inconscientemente não se consegue ter controle das forças utilizadas nesta parafunção.
O bruxismo pode ser observado em todas as faixas etárias e com prevalência semelhante em ambos os sexos. As causas deste problema podem ser a tensão emocional e o fechamento inadequado da boca."

Estudo realizado por pesquisadores da Faculdade de Odontologia da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), associados a pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) investigou os aspectos e as características clínicas dos pacientes com bruxismo com e sem dor orofacial.
Os resultados da investigação estão na edição mais recente do periódico especializado Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology e mostram que foram encontradas diferenças estatísticas entre o bruxismo com e sem a dor facial crônica.

Além disso, os questionários aplicados permitiram a interação entre a queixa principal e os achados clínicos. Os autores da investigação observaram também que os níveis de depressão aumentaram com a presença de dor em diversas regiões do corpo.
Para chegar a estas conclusões, foram analisados 100 pacientes, sendo 80 do sexo feminino.
Radiografias dentais podem detectar futuros problemas de coração?


Uma radiografia panorâmica feita a pedido do dentista pode mostrar mais do que problemas de saúde orais: o dentista também pode ajudar a detectar uma doença silenciosa do coração ou risco de derrame.

Radiografias panorâmicas podem detectar depósitos de cálcio que estreitam a artéria carótida no pescoço. Esta condição é chamada calcificação de artéria carótida (CAC).
Embora a CAC não indique sempre se a artéria carótida está bloqueada, pode indicar um risco mais elevado para derrames ou um evento cardíaco sério.

Um recente estudo examinou as radiografias dentais panorâmicas e o acompanhamento clínico de pacientes do sexo masculino examinados em um hospital para veteranos de guerra, entre 1986 e 2000.
Os pacientes com CAC identificável nas radiografias sofreram três vezes mais problemas de coração ou derrame em um período de três anos, quando comparado aos pacientes cujas artérias carótidas não mostraram depósitos de cálcio.
Se a radiografia panorâmica rotineira evidenciar a CAC, o dentista pode encaminhar o paciente para uma avaliação adicional e tratamento para possíveis problemas cardíacos e vasculares.

quinta-feira, maio 31, 2007

Dente Biológico

Dente biológico pode virar realidade no Brasil

Não é ficção científica.
O Brasil pode ser o primeiro País do mundo a criar dentes biológicos, produzidos a partir de células troncos adultas. Estudos iniciados em 2001 por cientistas brasileiros e estadunidenses indicam que, no máximo em dois anos, já será possível substituir um dente humano por outro, mantendo as mesmas características do anterior e sem risco de ser rejeitado pelo organismo.

A façanha, que permite o desenvolvimento de um substituto biológico de dentes humanos, já foi testada com êxito, inúmeras vezes, em ratos - dentes primitivos foram gerados na mandíbula desses mamíferos através da engenharia de tecidos. Testes em humanos começam a ser feitos até o final do ano, máximo no primeiro trimestre de 2008, segundo garantem os especialistas. Um banco de voluntários já está sendo formado para as primeiras experimentações, que imaginam-se vitoriosas.

Trata-se de uma verdadeira rev olução no campo odontológico - o desenvolvimento de um dente completo, com osso e cartilagem, gerados a partir de tecidos e órgãos biologicamente iguais e compatíveis com os seres humanos. O Journal of Dental Research, considerado uma bíblia para os odontólogos em todo o mundo, relata que os bons resultados obtidos com o processo também em outros tipos de mamíferos - porcos, especialmente - indicam que haverá sucesso similar com dentes humanos.
No Brasil, na linha de ponta, está o casal Monica e Silvio Dualibi, da Universidade Federal de São Paulo - que, juntamente com a pesquisadora Pamela Yelick, do Fosyuth Institute, ligado a Universidade de Harvard, nos EUA, iniciaram os estudos, há cerca de seis anos, para gerar dentes a partir de células troncos. A não opção dos estudiosos por células embrionárias agilizou as pesquisas. Evitou-se, assim, questões de ordem ética e religiosa, que poderiam empacar as experimentações. Mais: o uso de células adultas, preferencialment e do próprio receptor, reduz a quase zero um dos principais ! riscos d os implantes: a rejeição que poderia advir pela reação do sistema imunológico.

No Brasil, a experimentação em seres humanos, se bem sucedida, como se espera em meio a sociedade científica, será de fundamental valia na questão da saúde pública. O Brasil, como se sabe, lidera o ranking mundial de desdentados - são 50 milhões de edêntulos, segundo a Organização Mundial de Saúde. As opções atualmente existentes para suprir a ausência de dentição - as populares dentaduras, com efeitos danosos, já que provocam atrofia óssea maxilar, ou o sofisticado método de implante, inacessível a maioria da população - realçam a importância da regeneração dentária via célula tronco.
Os especialistas brasileiros surpreenderam a comunidade científica internacional por conta dos avanços no desenvolvimento da técnica para o uso em pessoas. Mesmo com verbas precárias, inicialmente, conseguiram agora, com incentivo de agência internacional de fomento - comenta-se que cerca de US$ 3,5 mi lhões teriam sido injetados no projeto - entender como se dá o processo que permite construir um dente completo. Aí entendido, além da coroa, a geração de estruturas de suporte - ligamentos, osso alveolar e o cemento radicular, uma espécie de tecido mineralizado, que garante a sustentação do dente no lugar.
É o Brasil em primeiro lugar no quesito da nova e revolucionária dentição.

Casca do ovo de crocodilo

Casca de ovo de crocodilo pode ser útil em tratamento dental


Cientistas tailandeses descobriram na casca de ovo de crocodilo uma rica fonte de hidroxiapatita, substância rica em cálcio empregada em implantes de dente e no tratamento de fraturas ósseas, informou nesta segunda-feira a imprensa local.
A descoberta foi feita por uma equipe de farmacêuticos da Universidade de Kasetsart, após uma pesquisa de quase três anos com ovos procedentes dos maiores criadores de crocodilos da Tailândia.
Segundo o professor Sutatip Sirisarnpisart, em um grama de casca de ovo de crocodilo há cerca de 70% de hidroxiapatita, substância que a indústria farmacêutica internacional extrai, atualmente, da casca de ovos de galinhas.
Em seus experimentos, os cientistas tailandeses constataram que as cascas de ovo de crocodilo, trituradas e misturadas com fosfato e expostas a um processo hipotérmico --como é feito com as de ovo de galinha--, possuem melhor qualidade, já que sua pigmentação é mais branca e apresentam maior espessura.
Os cientistas acreditam que os resultados da pesquisa ajudarão a fortalecer os negócios em criação de crocodilos no país.

quinta-feira, maio 17, 2007

Sensibilidade

Dentes sensíveis

Sentir dor ao comer determinados alimentos pode indicar hipersensibilidade dentinária; o problema é comum, mas leva pouca gente ao dentista.

Um café feito na hora, um suco de laranja refrescante, uma sobremesa açucarada. Alimentos como esses, que para a maioria das pessoas remetem a experiências prazerosas, podem ser sinônimo de dor para quem tem dentes sensíveis.
O problema, conhecido pelos especialistas como hipersensibilidade dentinária cervical, afeta cerca de 15 milhões de brasileiros, de acordo com estimativas mundiais. Apesar de ser mais comum em adultos jovens, com idade entre 20 e 40 anos, pode aparecer também em outras fases da vida.
O sintoma -dor aguda que surge devido a certos estímulos, como alimentos frios, quentes, ácidos e doces e escovação- costuma ser confundido com uma cárie. Nem todo mundo, no entanto, procura tratamento. Muitos pacientes acabam se acostumando com a dor. Apenas 49% procuram um profissional.
As causas são variadas, mas têm um fator em comum: a exposição da dentina, camada do dente que normalmente fica protegida pelo esmalte. Dentro dessa estrutura, há milhares de canais cheios de líquido, chamados túbulos dentinários. Estímulos que mudem a pressão ao longo do dente -alta ou baixa temperatura, por exemplo- provocam uma rápida movimentação desse líquido, que estimula as terminações nervosas, provocando a dor.
A erosão do esmalte que protege a dentina é uma causa comum de hipersensibilidade dentinária. Escovação muito forte e consumo excessivo de refrigerantes, frutas cítricas e bebidas isotônicas são o principais vilões.
Acreditamos que o problema esteja aumentando. Os adolescentes bebem litros de refrigerante. Isso é perigoso para o dente, e prevenir é o mais importante.
Muita gente acha que terá uma vida saudável ao tomar suco de laranja. De fato, as frutas cítricas são boas para o organismo, mas, se consumidas em excesso, fazem mal para o dente.
Acreditamos que os dentistas precisam lidar melhor com a questão pois, muitos não estão preparados e só percebem a erosão depois que ela está muito avançada.
Hoje, estuda-se mais o tema do que antes, mas ainda é algo recente.
O esmalte também pode ser desgastado por microfraturas. O bruxismo (hábito de apertar e ranger os dentes), por exemplo, pode ser um desencadeador. Outra causa freqüente de hipersensibilidade é a retração gengival (quando a gengiva se desloca, deixando a dentina exposta). Doenças periodontais e escovação inadequada -com escova de cerdas muito duras ou usando muita força- são dois fatores que fazem com que a gengiva se retraia. Com a idade, também é comum haver uma retração fisiológica leve ou moderada.
É comum que as pessoas se queixem de dentes sensíveis após passarem por tratamentos clareadores. Os clareadores contêm ácido e, se forem usados em concentrações altas por um longo período, podem causar uma sensibilidade passageira. É preciso saber prescrever corretamente o clareamento. e, sabemos que a aplicação de substâncias dessensibilizantes antes do clareamento pode diminuir esse efeito colateral, um dos mais freqüentes dessa técnica.
QUANDO TRATAR
A necessidade de passar por um tratamento e a técnica adotada dependem do grau de desconforto do paciente. A dor pode ser classificada como severa em 5% dos casos, discretamente severa em 17%, média em 43% e suave em 35%. Quando os fatores causais ocorrem isoladamente e com pouca intensidade, provocam uma dor suave que pode desaparecer espontaneamente, mas costuma ser cíclica. Mas o que observo na clínica é a ocorrência de vários fatores que podem provocar muita dor.
Apesar de algumas pessoas aceitarem melhor a dor, se ela existe, é um sinal de que algo está errado e precisa ser visto com atenção.
Em alguns casos, o uso de pastas de dentes específicas para hipersensibilidade suave pode ser suficiente para melhorar os sintomas. Outra opção para melhorar a dor é a aplicação de soluções dessensibilizantes. O laser também é um recurso utilizado. Não existe uma solução fácil. Ninguém pode assegurar que determinada estratégia vai eliminar a hipersensibilidade. Muitas vezes, resolve por um tempo, mas depois ela volta.
Para evitar que haja maior desgaste nas áreas onde ocorreu a perda de esmalte, recomendam também recorrer à restauração. Muitos dentistas dizem que, o tratamento não pode se restringir a atacar os sintomas. "Todos os tratamentos apenas sintomáticos são temporários. É necessário remover o fator causador", defendem. Algumas indicações são evitar alimentos ácidos, tratar o bruxismo e fazer uma escovação sem muita força e com a menor quantidade possível de pasta.

terça-feira, maio 08, 2007

Pacientes especiais
um desafio na Odontologia

Portadores de deficiências físicas ou mentais são cada vez menos diferentes. Tratamentos mais precoces, terapias modernas e novas propostas educacionais estão mudando o perfil dessas pessoas e estimulando sua participação social como cidadãos. Com isso, os preconceitos que sempre cercaram os deficientes começam a diminuir.
Na área médica, os profissionais já começam a perceber a necessidade de conhecer melhor o paciente especial. Os dentistas não estão excluídos desse contexto. Daqui para frente, também eles detectarão um aumento de demanda dos pacientes especiais. No entanto, o atendimento a essa clientela ainda é um grande desafio para a maioria dos dentistas.
Além de não receberem nas faculdades o treinamento necessário, o estudante de Odontologia não é treinado para interagir com outros profissionais, o que é fundamental quando o paciente é especial. Pessoas com deficiência exigem uma abordagem mutidisciplinar e o dentista precisará aprender a trocar experiências com outros profissionais sobre o seu paciente.
Esta troca implica numa mudança de atitude do profissional, desafia a sua formação tecnicista. Ele precisará saber, por exemplo, qual a melhor postura para uma pessoa paraplégica sentar-se na cadeira do dentista, ou como abordar uma criança autista.
Na prática diária, a grande maioria dos profissionais alega despreparo para cuidar dos pacientes especiais. Na verdade, a maioria tem receio de entrar em contato com esse universo, onde os pacientes, de fato, exigem ainda mais cuidados do profissional.
O trabalho com esse público é extremamente gratificante, ainda que exija mais tempo de consulta. Acreditamos que um diferencial importante do tratamento de pacientes especiais é a necessidade de uma abordagem lúdica.
Existe uma gama muito grande de deficiências mentais e físicas e cada uma requer uma abordagem diferente. Por isso, os cursos de atualização para esse tipo de atendimento enfocam os tipos de deficiência, noções de psicologia, interações medicamentosas, entre outros temas. É preciso investigar muito bem a deficiência do paciente e procurar fazer uma boa anamnese. Não há regras fixas. Muitas vezes, uma pessoa com deficiência física aparente pode ser mentalmente perfeita.
A técnica de contenção com faixas é muito utilizada no tratamento dos pacientes especiais.
Esta técnica é utilizada, com autorização dos pais, como alternativa ao centro cirúrgico.
O centro cirúrgico é caro e, além disso, o paciente não pode recorrer a ele sempre que tiver uma cárie.
Uma nova técnica que vem sendo utilizada na clínica é a acupuntura, que está apresentando ótimos resultados como método de sedação dos pacientes.
É possível perceber um aumento da motivação dos alunos e profissionais para o atendimento a pacientes especiais nos últimos anos. Mas lembramos que, para ser bem sucedido nessa opção, é preciso que o profissional tenha, além de uma boa formação generalista, vontade de entender os problemas do paciente especial e também de suas famílias.
De fato, tratar de um paciente especial é lidar com uma família especial, já que ela é muito afetada com o nascimento de uma criança especial. É comum que os pais passem por um processo de negação, culpa e finalmente, aceitação. O dentista não pode ficar de fora de tudo isso e precisa interagir com toda essa dinâmica para que obtenha bons resultados no tratamento de seus pacientes especiais. É interessante que os dentistas que trabalham com pacientes especiais também interajam com psicólogos sobre a sua prática diária, pois nem sempre o trabalho é fácil.
Além dos portadores de deficiências físicas e mentais, as gestantes, hipertensos, cardíacos, diabéticos e soro-positivos também compõem uma clientela especial, ainda que seu atendimento seja menos complicado. No entanto, lembramos que há ainda uma outra população, ainda não olhada pelas dentistas, que requerem tratamento diferenciado. São os dependentes químicos.
O contingente formado por essas pessoas está crescendo assustadoramente e os dentistas ainda não se deram conta disso. Eles tomam medicamentos que diminuem a saliva e perdem a auto-estima. Com isso, acabam apresentando muitos problemas bucais e perdendo os dentes prematuramente.
O futuro dos pacientes especiais

Em 1991, a Organização das Nações Unidas (ONU) documentou a proposta de criação da Sociedade Inclusiva. Na prática, o documento engloba uma série de ações que visam a formar uma sociedade mais justa no futuro, sem preconceitos ou exclusões. Independente de qualquer parâmetro, incluindo as deficiências físicas ou mentais, todas as pessoas terão o mesmo valor nessa nova proposta de sociedade. A ONU quer ver a Sociedade Inclusiva implantada em todo o mundo até o ano de 2010.
A partir dessa diretriz básica, inúmeras ações vêm se difundindo pelos diversos países que se sensibilizaram com a proposta da Inclusão, inclusive o Brasil. Aqui, o setor da Educação saiu na frente e muitas iniciativas estão sendo implementadas para integrar na escolas regulares as crianças e jovens com deficiências físicas ou mentais.
Ao contrário do que se imagina, os benefícios da Inclusão não atingem apenas as pessoas com deficiências, que deixam para trás um modelo de educação segregadora. Também as crianças e jovens sem qualquer tipo de deficiência ganham com a Inclusão, pois aprendem desde cedo a conviver com as diferenças, praticando a solidariedade e o respeito ao outro. Formarão, dessa forma, uma sociedade mais justa no futuro.

No setor de Saúde, as grandes mudanças ainda estão por vir. E não faltam pessoas à espera delas.

Só para se ter uma idéia, vou lhe dar um exemplo de uma cidade aqui bem perto do Rio de Janeiro:

Não há em Casimiro de Abreu sequer um dentista para cuidar das crianças e adolescentes com necessidades especiais na cidade. Só no Ciep da cidade, existem cerca de 30 crianças que sofrem com o problema.
"Os dentistas alegam que não tem especialização, mas o que se percebe é ainda há muito preconceito. Muitas crianças e jovens aqui na cidade, apesar da suas deficiências, têm perfeitas condições de serem tratadas nos consultórios, mas os dentistas sequer as mandam abrir a boca. Nem tratamento preventivo elas conseguem receber na cidade", diz a coordenadora técnica da Apae nesta cidade.

Refrigerante prejudica os dentes


Tomar refrigerante acarreta a erosão dental, processo caracterizado pela perda do tecido duro da superfície dos dentes.
O tecido duro da superfície dos dentes se divide em duas camadas: a mais externa corresponde ao esmalte e a mais interna, à dentina. A redução da dureza tanto do esmalte quanto da dentina deixa os dentes com má aparência, além de causar dor.
Quanto mais freqüente é o consumo de refrigerante, mais grave é a erosão dental. E, mesmo depois que o refrigerante pára de ser consumido, a ação da saliva não é suficiente para recuperar totalmente o tecido duro da superfície dos dentes.
O tratamento restaurador do esmalte e/ou da dentina é difícil, oneroso e requer contínuo acompanhamento, dizem os pesquisadores no artigo. Em função da natureza do fenômeno de erosão somente medidas de promoção de saúde bucal poderiam contribuir para o seu controle, comentam. Deste modo, orientação para reduzir a freqüência de contato dos dentes com refrigerantes, alimentos ácidos ou medicamentos é o conselho mais lógico e efetivo.
Os pesquisadores produziram blocos de esmalte e de dentina a partir de dentes bovinos. Foi escolhido dente bovino não só pela facilidade de obtenção, mas principalmente pelo fato de ter comportamento similar ao de dentes humanos em estudos de erosão, explicam no artigo. Os blocos foram colocados na cavidade bucal de seres humanos, que, durante o estudo, ingeriram de um a oito copos de refrigerante por dia.
A análise dos blocos após o consumo de refrigerante – bebida de elevada acidez – revelou perdas irreversíveis de dureza do esmalte e da dentina.
Medidas de promoção de saúde bucal devem ser enfatizadas devido à natureza do fenômeno de erosão dental provocado por ácidos também de outras origens.

segunda-feira, maio 07, 2007

Osteoporose e perda de dentes estão relacionadas

A perda de dentes e a osteoporose podem compartilhar fatores etiológicos que contribuiriam para o processo de evolução das duas doenças.
Um estudo que acaba de ser publicado pela revista especializada Journal of Oral Rehabilitation buscou identificar fatores que influenciariam tanto a perda de dentes quanto o processo de perda mineral óssea.
Seiscentas pessoas com mais de 70 anos foram aleatoriamente escolhidas no Japão para participarem de investigação que cruzou dados relativos à dentição e à osteoporose.
Segundo pesquisadores da Universidade de Hokkaido, no Japão, há uma significante relação entre o numero de dentes perdidos e a desmineralização de ossos observada através de densitometria óssea.

quinta-feira, abril 26, 2007

Odontologia Esportiva

Uma visita ao dentista pode salvar carreira de jogador


Odontologia ajuda atletas a prevenir traumatismos dentários e também a melhorar o desempenho nas competições. Necessidade da presença de profissionais especializados em eventos esportivos aumenta com a proximidade da Copa do Mundo e Jogos Pan-Americanos.

Profissionais de saúde bucal afirmam que um simples exame odontológico de rotina pode identificar problemas potencialmente prejudiciais ao desempenho dos jogadores em um momento crucial de um campeonato. Sem falar que a presença de um cirurgião-dentista pode ser providencial para atendimentos de emergência, principalmente em esportes de contato e alto risco como o futebol e basquete.

Uma infecção na boca pode acabar com a carreira de um atleta, provocando falta de fôlego e distensões. Além disso, a National Youth Sports Foundation (NYSSF), dos EUA, entidade dedicada aos estudos e à prevenção de traumas esportivos, afirma que todo atleta envolvido numa atividade esportiva de contato físico tem até 10% de chance, durante uma temporada, de sofrer lesão facial e 33% a 56% de probabilidade de que uma lesão deste tipo ocorra em toda sua carreira. Fora o risco para a saúde dos competidores, esse perigo também é um motivo de preocupação econômica para seus clubes e patrocinadores.

Apesar de reconhecerem a importância da higiene bucal e da presença de um cirurgião-dentista nas competições e treinos, os esportistas não adotam todas as precauções e cuidados. Realizou-se uma pesquisa em 2005 com atletas amadores da cidade de Bauru (SP), com idade entre 16 e 28 anos, praticantes das modalidades boxe, capoeira, futebol e voleibol.
Dos atletas entrevistados, apenas 17% usam protetores bucais durante a prática esportiva; 64% escovam os dentes três vezes ao dia; 50% usam fio dental e 33% não vão à clínica odontológica.
Estas constatações refletem uma realidade que comprova a necessidade de uma conscientização das instituições de saúde, educação e esportivas, para que sejam feitas campanhas públicas na tentativa de estimular os praticantes de esportes e a comunidade em geral para uma melhor atenção aos cuidados de higiene bucal e a praticar esporte com segurança, utilizando protetores bucais. Tais iniciativas têm de ensinar também os procedimentos imediatos frente a um traumatismo dentário.

Infecções Dentárias

Brasileiros identificam bactérias causadoras de infecção dentária


Evidências obtidas em estudos genéticos moleculares recentes revelaram que espécies orais de Treponema estão envolvidos em infecções de origem endodôntica.
Os Treponemas são agentes relativamente bem conhecidos, pois um deles, o Treponema pallidum, é o responsável pela ocorrência da sífilis.
Os estudos de genética molecular que identificaram duas novas espécies de treponemas foram realizados por pesquisadores brasileiros da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Os investigadores descobriram que esses microorganismos estão presentes em grande parte dos casos de infecção endodôntica primária.

Segundo disseram em publicação na revista Oral Microbiology and Immunology, o Treponema parvum foi encontrado em mais da metade das amostras de dentes analisadas em laboratório pela equipe de pesquisa.
Outro germe, o Treponema putidum, também foi encontrado em algumas amostras, mas em proporção bastante inferior: 2%.

terça-feira, abril 24, 2007

POBRE TIRADENTES!



1. A PESAR
Formas de uma prática que se transformaria em Odontologia, estiveram presentes nas civilizações antigas, na Idade Média e no Renascimento e, a Odontologia Moderna, originou-se neste momento, século XVII, na Europa; particularmente, na França e Inglaterra.
Joaquim José da Silva Xavier foi, sobretudo, um grande humanista, desejoso de libertar-nos, brasileiros, das garras gananciosas dos colonizadores.
Alferes e "barbeiro-sangrador", popularizou-se pelas extrações dentárias realizadas, na tentativa de aliviar o sofrimento da população, no século XVIII.
No século XIX, os norte-americanos introduziram o conceito de "Piorréia Alveolar", articulado às "necroses ósseas" decorrentes das doenças gengivais e, pela primeira vez, extraiu-se um elemento dentário sob anestesia.
No final do século, outras ciências se desenvolveram, ampliando a compreensão do mundo e do próprio homem. Avançaram a microbiologia e a radiologia. A Psicanálise revolucionou o pensamento, com a elucidação do comportamento humano, apontando-nos subsídios para um melhor (con)viver.
2. MODELOS ASSISTENCIAIS - EMBRIÃO
A Odontologia de então, se ocupava com a eliminação dos dentes combalidos para alívio imediato da dor e, as denominadas técnicas conservadoras, de preservação dental - embrionariamente aparecidas a partir de meados do século XX -, encontraram resistências, na medida em que se popularizavam as resinas e a possibilidade de se confeccionar "dentaduras" - muito rentáveis - em massa, atendendo à demanda do mercado; desde então, já deformada.
Depois da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos, os países nórdicos e escandinavos, assumiram a liderança no desenvolvimento das pesquisas em Biologia Oral - principalmente em patologia, microbiologia e imunologia -; e legaram, a profissionais e clientes, a possibilidade de erradicação/controle de cáries dentárias e doenças periodontais; principais causas das perdas de dentes em humanos.
O então chamado modelo de PROMOÇÃO DE SAÚDE estabeleceu-se entre as décadas de 60 e 80, enaltecendo e privilegiando as técnicas preventivas e recuperadoras do sistema bucal. Houve, inclusive, grande avanço nos tratamentos endodônticos (de canais radiculares), das reabilitações (mormente em porcelanas), nos tratamentos ortodônticos (aparelhos intra e extra-orais) e na própria Periodontia, "especialidade odontológica responsável pelo diagnóstico, prevenção e tratamento das afecções gengivais e ósseas". Consolidaram-se conceitos fundamentais acerca de sua vertente conservadora e, seu segmento cirúrgico, deveras relevante, também se beneficiou, com a maior compreensão de manobras terapêuticas como enxertos gengivais e ósseos. Finalmente, na preservação do elemento dentário residia o cerne de nossa práxis. Tornáramo-nos profissionais de saúde, enfim!
3. AVANÇOS E RETROCESSOS
A "Implantologia Oral" - Implantodontia é um termo etimologicamente equivocado, pois não se implanta o elemento dentário - é a ciência que estuda os fundamentos científicos, técnicos, éticos e filosóficos das implantações aloplásticas. A possibilidade de reabilitar - estética, funcional e emocionalmente - indivíduos, através de implantes biocompatíveis, sobre os quais próteses específicas são confeccionadas, foi das conquistas mais expressivas da história da Odontologia.
A implantação foi preocupação milenar da humanidade, viabilizada cientificamente, ao longo do século XX, e consolidada, particularmente, em suas últimas duas décadas. A especialidade, reconhecida no Brasil em 1991, como qualquer outra, requer grandes investimentos humanos, materiais, pessoais e éticos para ser exercida com segurança, destreza e responsabilidade. Seleção criteriosa dos pacientes e casos, respeito às indicações e aos pré-requisitos múltiplos para sua realização, domínio amplo das técnicas cirúrgicas e expressivo conhecimento protético e oclusal, estão entre os aspectos que definirão seu maior ou menor êxito.
Atualmente, precisamos estar atentos e resistir, corajosamente, ao apelo, por vezes sedento e superestimado do mercado, acerca de suas benesses; esclarecendo a população sobre suas limitações e imprescindíveis cuidados prévios e posteriores à confecção e colocação de toda e qualquer prótese/reabilitação oral; convencional ou sobre implantes.
Necessitamos levar ao conhecimento dos usuários, a probabilidade severa de riscos aos chamados PROBLEMAS PERIMPLANTARES, caso um programa de cuidados periodontais / perimplantares, domiciliar e profissional, continuado, não seja estabelecido previa e posteriormente às reabilitações. Implantar saúde deve preceder à "implantação dentária!" Como TIRADENTES, precisaremos livrar a população das garras dos colonizadores, fabricantes e vendedores de materiais odontológicos; os grandes beneficiados com as deformações da profissão. Desta forma, estaremos zelando por sua reputação e qualidade, enquanto profissão de saúde, identidade duramente adquirida; zelando pela consolidação das especialidades - arduamente conquistadas -; e aumentando, consideravelmente, os êxitos dos tratamentos e quilate da relação dos clientes com a própria seara.
4. ALUCINAÇÃO & EVOLUÇÃO
Na clínica odontológica, o maior desafio talvez seja, eticamente, colocarmo-nos de forma a conter o excesso de otimismo dos sujeitos que nos chegam, a cada novidade que lhes mostra a imprensa. A fetichização da Odontologia e de suas "insígnias fálicas", para clientes e profissionais, é seara que, no futuro ainda precisará ser melhor investigada e compreendida pelos estudiosos do comportamento humano, nos meandros sinuosos do psiquismo. A evolução, em seu sentido Lato, é um processo lento, com acertos e erros e suas conseqüências. Tentemos. Enalteçamos os procedimentos capazes de prevenir que a população adoeça. Quando necessário, reabilitemo-na com todos os recursos tecnológicos que a atualidade nos oferece; alertando-as, entretanto, das limitações de cada procedimento. O tempo passa e traz perdas irrecuperáveis, é Real. Que, principalmente, sejamos capazes - e interessados -, em instituir uma rotina verdadeiramente sensibilizada à promoção e manutenção da saúde.
Haverá resistências, a realidade é ainda mais complexas. Cardiopatas são tabagistas, mesmo após infartos; idem hipertensos, que insistem no sedentarismo; diabéticos permanecem compulsivos comedores de sacarose. Ainda estamos a destruir o planeta. Com atitude.
POBRE TIRADENTES!
Com essa, ele não contava...

Doença de Alzheimer

Gengivas saudáveis previnem a Doença de Alzheimer


Escovar os dentes, beber suco de frutas e fazer exercícios regulares poderiam ajudar a prevenir a Doença de Alzheimer, diz um novo estudo.
Investigadores nos Estados Unidos verificaram que escolhas relativas ao estilo de vida podem estar intimamente ligadas a doença cerebral.
Esta descoberta pode facilitar a prevenção, diminuindo os riscos.
Pesquisadores da University of Southern California verificaram que perder os dentes em uma idade precoce poderia ser uma advertência para o surgimento da doença de Alzheimer mais tardiamente. Segundo os investigadores, a exposição precoce à inflamação causada pelas doenças da gengiva, que resultam em perda dos dentes, poderia quadruplicar as chances de ocorrência de Alzhiemer.
Os achados foram apresentados à primeira Alzheimer's Association International Conference em Washington, Estados Unidos, na semana passada, e foram divulgados na edição eletrônica da revista médica British Medical Journal.

Fonte: British Medical Journal online

Isto é verídico



E-mail anônimo avisa que internauta tem mau hálito

Se você tem algum amigo que tem mau hálito e fica constrangido em avisá-lo, não se preocupe, a tecnologia vai ajudá-lo. A ABPO (Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas dos Odores da Boca) criou um serviço de e-mail anônimo que envia um aviso ao destinatário da mensagem que ele sofre de halitose.

O serviço funciona assim:
O remetente entra no site da associação e solicita o envio da mensagem informando o endereço de e-mail da pessoa que tem o problema. E a instituição encaminha a mensagem sem revelar o nome do solicitante.

A iniciativa faz parte da campanha S.O.S Mau Hálito de combate a halitose, nome científico do mau hálito. Segundo a associação, o problema não é uma doença, e sim um sintoma de que algo está errado no organismo. Na mensagem a ABPO explica detalhes da halitose e orienta o destinatário do e-mail a procurar tratamento.
Segundo a associação, 93% das pessoas avisadas ficam gratas ao autor do recado, porque o portador de halitose não consegue identificar o odor. "Quando um odor é constante, o bulbo olfativo fica impregnado e, por 'fadiga olfatória', a pessoa deixa de senti-lo", explica um trecho da mensagem.
Wnews.com.br

sexta-feira, abril 20, 2007

Higienização - Longevidade

Higiene preserva dentes até a velhice

Os cientistas até hoje não têm evidências de que o envelhecimento tenha relação com a perda dos dentes. Eles podem durar a vida inteira, desde que bem tratados com escovação e fio dental.
No dia-a-dia dos consultórios, no entanto, o que os dentistas ainda vêem são pacientes idosos tão certos da perda dos dentes que desistem dos cuidados de higiene.

"Eles ficaram alijados da assistência bucal adequada. Temos dificuldades para promover saúde nessa faixa etária e isso é a causa das perdas dentárias que ainda acontecem.
Há idosos de 80 anos que nunca receberam informações sobre saúde bucal", diz Fernando Luiz Brunetti Montenegro, membro do grupo de pesquisa em odontogeriatria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Na faixa de 65 a 74 anos, 64% da população paulista é desdentada, segundo resultado de estudo divulgado em novembro pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Só 10% possuem mais de 20 dentes, quando o percentual deveria ser de 50%, de acordo com o padrões da Organização Mundial da Saúde.

Os idosos também apresentaram a maior proporção (12%) de alterações em tecidos moles, como a gengiva, e eram os que menos frequentavam o dentista -a maioria tinha feito a última consulta havia três anos ou mais.

Boca seca

A orientação sobre higienização ao idoso deve levar em conta suas limitações. A limpeza da língua é uma das principais preocupações dos dentistas, para a eliminação de resíduos que ficam nas papilas.

A "boca seca" (xerostomia) é apontada como um dos problemas mais frequente na faixa etária. A saliva tem uma função limpadora, além de proteger dentes, mucosas e tecidos moles da boca. "Se o paciente não tem esta proteção, é maior a chance de problemas de gengiva e cáries", diz Montenegro. Em razão do recuo da gengiva, a maioria das cáries de idosos surge na região da raiz do dente.

No envelhecimento saudável, pode existir uma pequena diminuição do fluxo de saliva. Mas, segundo Montenegro, autor de um dos poucos livros nacionais sobre odontogeriatria, os remédios utilizados por idosos são uma das causas mais importantes da potencialização do problema. O médico pode indicar um remédio que não cause esse efeito.

Depois de analisar 440 grupos farmacológicos, Montenegro concluiu que 36,6% causavam a "boca seca". Outros 4,32% levavam à hipersalivação, e 2,5%, a alterações nas glândulas salivares. A saliva também auxilia na fixação de próteses e limpa as papilas gustativas, o que permite que o idoso saboreie melhor os alimentos e não tenha de exagerar em açúcar (prejudicial aos dentes e ao diabetes) e sal (ruim para a hipertensão) para sentir gostos. Há também doenças que causam o problema, o que deve ser investigado.

A odontogeriatria foi reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal de Odontologia há cinco meses. Segundo Carlos Werner, presidente da Sociedade Brasileira de Odontogeriatria, as escolas que quiserem poderão adaptar seus currículos. "A odontogeriatria deverá ser o principal segmento. Um número cada vez maior de pessoas vai precisar de atendimento.
Em 20 anos, a população de idosos no país saltará para 30 milhões."
Infecções periodontais estão associadas à doença arterial coronariana

Inflamações crônicas, de qualquer natureza, são associadas a um aumento do risco cardiovascular. A periodontite é uma causa possível de inflamação crônica.
Pesquisadores de universidades na Alemanha investigaram possível associação entre periodontite e doença arterial coronariana (DAC), focalizando-se em aspectos microbiológicos. Um total de 789 indivíduos foram incluídos no estudo CORODONT (Coronary Event and Periodontal Disease).
A pesquisa foi publicada na mais recente edição da revista Archives of Internal Medicine, e concluiu que existe uma associação significativa entre periodontite e DAC. A carga do patógeno, e particularmente, as infecções com Actinobacillus actinomycetemcomitans, podem ter uma importância especial nesta associação. Infecções periodontais estão associadas à doença arterial coronariana
Archives of Internal Medicine, 2006;166:554-559.

quarta-feira, abril 18, 2007

Prótese Total

Dentaduras têm prazo de validade

As próteses dentais impróprias afetam mastigação, fonação, estética e podem causar até neoplasias malignas. Visita regular ao dentista previne problemas de reabilitação oral.


As próteses dentais têm prazo de validade: uma dentadura que “dança” na boca pode dificultar a fala e a mastigação ou deixar o rosto precocemente envelhecido. Nestes casos, deve ser substituída, sob o risco de prejudicar a saúde. O uso contínuo de uma dentadura inadequada ou mal ajustada pode lesar a mucosa e até originar uma neoplasia maligna (câncer) devido ao trauma constante nos tecidos moles da boca.
O ser humano apresenta reabsorção óssea. Ou seja, os ossos sobre os quais a prótese dental foi moldada diminuem naturalmente. Esta mudança pode deixar a prótese instável.
A cárie é a principal responsável pela perda dental. Já na vida adulta, a prevalência maior é da doença periodontal, que afeta as gengivas. Jovens também podem desenvolver problemas periodontais severos, por isso destaca-se a importância da visita regular ao dentista para o diagnóstico precoce da doença.
Tratamento
Entre as opções de tratamento de reabilitação oral para casos de edentulismo (ausência de dentes) estão a prótese total (dentadura) e a prótese fixa sobre implante. A prótese fixa sobre implante, é a solução definitiva porque oferece maior estabilidade e segurança para o paciente mastigar, sorrir e falar, recuperando sua auto-estima e favorecendo o seu convívio social.
O setor odontológico está em constante evolução e há diversas técnicas e implantes disponíveis para reabilitação oral. Dependendo da avaliação clínica, o tratamento pode envolver o uso de enxerto ósseo e durar até seis meses para ser concluído. Quando a indicação clínica é favorável, é possível colocar o implante dental em até uma hora, sem necessidade de enxerto ósseo.

terça-feira, abril 17, 2007

Uso do Fio Dental

Não se esqueça do fio dental!

Bibliomed

Os dentistas vêm dizendo isso há anos, mas agora existem novas evidências, de que apenas a escovação dos dentes, pode não ser suficiente para combater a doença gengival.
Um estudo feito com gêmeos e publicado na revista Journal of Periodontology, de agosto de 2006, mostrou evidências interessantes.

No estudo, os pesquisadores compararam os efeitos de usar o fio dental duas vezes ao dia, associado à escovação, versus a escovação isolada, em 51 pares de gêmeos, com idades entre 12 a 21 anos. Um dos gêmeos escovava os dentes e a língua duas vezes por dia, por duas semanas, e o outro gêmeo fez as mesmas atividades, associadas ao uso do fio dental, duas vezes por dia, durante o mesmo período.


Antes e depois do estudo, os pesquisadores examinaram ambos os grupos, para evidências de sangramento gengival e mau hálito. Os resultados mostraram que o grupo que usou fio dental teve 38% menos sangramento gengival do que antes da intervenção.

Journal of Periodontology, August 2006; vol 77: pp 1386-1391.

segunda-feira, abril 16, 2007

Implantes Dentários

Implantes Dentários


Dentes que parecem e funcionam como se fossem naturais. A perda de dentes é um problema comum a milhões de pessoas. Infelizmente, existem muitas dificuldades associadas a esta situação. Para a grande maioria das pessoas, a falta de auto estima devido à perda de seus dentes é uma situação social embaraçadora. Freqüentemente evitam escovar os dentes perto de outras pessoas, reuniões em que devam falar em público, ou que incluam refeições, para evitar situações comprometedoras. São pessoas que escondem seu sorriso, têm dificuldade em mastigar ou não se sentem confortáveis ou seguras com suas dentaduras ou pontes móveis. Alguns relatam até dificuldades no relacionamento social e amoroso, devido a estas inseguranças. Os implantes dentários, atualmente, são a melhor solução para estas situações.

O QUE É?

O implante odontológico é feito em titânio e é um substituto para a raiz do dente perdido, funcionando como uma base estável para a futura prótese. O implante fica firmemente aderido ao osso por meio da osseointegração.
Portanto, é possível proporcionar dentes que se pareçam e funcionem como se fossem seus.






QUANDO USAR?

Quando você deveria considerar o tratamento com implantes dentários:
* Perda de um ou mais dentes.
* Mudanças pouco atraentes em seu aspecto dento-facial.
* Falta de confiança no falar ou rir.
* Risco de perda de dente por doença periodontal.
* Dificuldade de mastigar certos alimentos.
* Prótese total (dentadura) ou parcial (ponte removível).
* Fratura envolvendo a raiz do dente.
* Possibilidade de perder uma prótese fixa, quando um ou mais dentes naturais (pilares) se enfraquecem.

VANTAGENS :

O tratamento com implantes tem melhorado a vida de muitas pessoas trazendo benefícios e vantagens, tais como:
* Sentimento de mastigar com seu próprio dente.
* Melhora da saúde graças à capacidade de mastigar uma ampla variedade de alimentos nutritivos.
* A restauração da boca da forma mais parecida com seu estado natural.
* Preservação da estrutura dos ossos maxilares pela redução de possível deterioração, mantendo a estética facial.
* Evita o desgaste de dentes vizinhos, necessários para a colocação de próteses fixas sem implantes.
* Quando indicado, o paciente poderá ter seus dentes em até 24 horas após a cirurgia.
* Maior conforto e confiança devido à eliminação de próteses totais ou próteses parciais mal ajustadas ou soltas.

Clareamento - Mitos e Verdades

Verdades e mentiras sobre o clareamento dos dentes

São muitos os mitos que giram em torno do clareamento dos dentes. Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário esperar que os dentes estejam manchados ou escuros demais para optar por um tratamento de clareamento. “O clareamento é recomendado para todo paciente insatisfeito com a cor de seus dentes.”, explica o Dr. Guilherme Röhe, cirurgião-dentista.

Existem vários tipos de tratamento para clarear os dentes, porém, em alguns casos, as manchas podem ser removidas somente com profilaxia. De qualquer maneira, a alteração da cor do dente só se consegue com clareamento. Não existem tratamentos mais ou menos eficazes. Na verdade todos os tipos de clareamento seguem o mesmo princípio: a ação de um gel (peróxido de hidrogênio ou carbamida) em diferentes concentrações, que libera oxigênio, e este altera a cor do dente.

Método - O gel não é abrasivo nem enfraquece os dentes.

Quanto maior a sua concentração, mais rápido pode ser o clareamento. Concentrações acima de 20% só podem ser feitas em consultório. O gel nessas concentrações queima as mucosas e necessita cuidados especiais.

Existe também o clareamento caseiro feito com gel de 3,5 a 20% e moldeiras de silicone. Para apresentar resultados, o tratamento caseiro demora 15 dias e o uso do gel e da moldeira varia de 1 a 6 horas por dia.

Os tratamentos feitos em consultório exigem pelo menos 2 sessões de cerca de 1h30 a 2 horas e o gel é ativado por uma fonte de luz (LED, Laser ou associação dos dois).Não existe tratamento em sessão única. É só estratégia de marketing.

Resultado - O resultado é subjetivo. Cada paciente responde ao tratamento de forma diferente. Não é possível prever ou afirmar quantos tons o dente vai clarear. Depende da resposta biológica de cada um. O efeito do tratamento dura de 2 a 3 anos. Na literatura, 43% dos casos ficam estáveis por mais de 5 anos.

Alimentação - Recomenda-se evitar alimentos pigmentados durante o tratamento. No tratamento caseiro é melhor esperar pelo menos duas horas de intervalo para ingerir alimentos como café e refrigerante, por exemplo, para dar tempo de o dente hidratar.

Preço - O preço varia de acordo com o local e nível do consultório além do aparelho utilizado para ativação dos géis. Esses aparelhos variam de R$1000,00 a US$14 mil.

Câncer - O maior de todos os mitos é o fato dos peróxidos serem potencializadores de tumores. Na verdade são, porém em concentração acima de 50%. Utilizamos 35% e sem contato nenhum com tecidos moles ou mucosas. Não há relatos de problemas sistêmicos associados a tratamentos clareadores.

sexta-feira, abril 13, 2007

Sensibilidade Dentinária

Sensibilidade Dentinária

A sensibilidade dentinária é definida como a exposição da dentina cervical, coronária ou radicular, caracterizada pelo surgimento de dor aguda, de intensidade variável, que ocorre frente a um estímulo (frio, doce, ácido), mas que desaparece imediatamente após a remoção deste estímulo.

Diagnóstico da Sensibilidade Dentinária

Para se obter um diagnóstico correto é preciso examinar, comparar, investigar cuidadosamente os dentes, os hábitos de alimentação e freqüência de escovação do paciente.
O surgimento da dor pode ser provocado por estímulos de origem térmica, química ou mecânica. A queixa mais comum é a provocada por estímulos frios. A dor também pode acontecer por estímulos químicos como os alimentos ácidos (principalmente as frutas), doces e raras vezes com o salgado. O estímulo mecânico ocorre freqüentemente quando o paciente fricciona a escova durante a escovação, ou quando esfrega a unha sobre a área sensível desencadeando a dor.

Causas da Sensibilidade Dentinária

A Sensibilidade Dentinária pode se manifestar quando ocorre uma exposição da dentina por perda de esmalte ou pela falta de cobertura da porção radicular do dente pela gengiva.

A cárie dental, até bem pouco tempo, destacava-se como a maior responsável pelos sintomas de dor do paciente e conseqüente consulta ao dentista. Hoje, a queda na incidência das lesões por cárie é nítida, devido a maior informação do paciente em relação à prevenção.
O aumento na incidência das lesões não cariosas (que ocorrem na ausência de placa bacteriana), está diretamente relacionado à manutenção mais prolongada da dentição natural. Atualmente, os pacientes têm mais acesso às informações e uma maior conscientização sobre a importância da higiene bucal e da visita periódica ao dentista. O progresso nos tratamentos restauradores e periodontais e, ainda, o aumento da longevidade do ser humano, faz os dentes permanecem mais tempo na cavidade bucal, tornando-se mais sujeitos a perdas de estrutura dental não relacionadas com o processo de cárie.

As causas dessas lesões que surgem na região cervical são: erosão, abrasão e abfração.


Erosão

A lesão por erosão é definida como sendo a perda progressiva de estrutura dental por processos químicos (ácidos), não envolvendo a ação de bactérias, surge do contato crônico de substancias ácidas de origem interna ou externa com o dente, podendo ocorrer em uma pequena área ou em toda a superfície próxima a gengiva do dente, tendo como característica superfície lisa, sem manchas, com formato arredondado (“forma de pires”). Os ácidos de origem externa são aqueles provenientes da alimentação, de medicamentos ou de produtos ácidos do meio ambiente. A repetida ingestão de alimentos ácidos, principalmente de frutas e seus respectivos sucos (laranja, limão, maracujá, acerola, morango, uva, abacaxi, maça etc.), é a principal responsável pela formação de lesões de origem externa. Os refrigerantes (guaraná, coca-cola), vinhos, vinagres, iogurtes, bebidas esportivas, etc; a constante ingestão de medicamentos ácidos compostos de acido clorídrico, vitamina C ou outros, e também a repetida permanência, em locais de trabalho que exalam ácidos, como indústrias e laboratórios químicos (ácidos sulfúrico, clorídrico, nítrico e tartárico) podem, ao longo dos anos, destruir lentamente a estrutura dental. Os de origem interna são aqueles associados à regurgitação de acido proveniente do aparelho digestivo e que, em geral, está associada a alguma doença crônica. As doenças que provocam a regurgitação constante e que são importantes no reconhecimento destas lesões são: bulimia nervosa, gastrite, úlcera, hipertiroidismo, anorexia nervosa e hérnia de hiato. A gravidez ou alcoolismo crônico também pode originar este tipo de lesão.

Abrasão

A lesão por abrasão ocorre quando há um desgaste mecânico da estrutura dental ocasionada por processos mecânicos externos, como o repetido contato efetuado por um corpo estranho à cavidade bucal, normalmente aqueles relacionados com os hábitos de escovação traumáticos, independentes da oclusão.
A abrasão está diretamente relacionada à escovação e, em geral, o abrasivo que está contido na formulação do creme dental é o maior responsável por tais perdas estruturais. A quantidade, tipo e tamanho dos abrasivos do creme dental, tipo de cerdas da escova dental, a força aplicada sobre ela, assim como a técnica, tempo, local por onde a escovação se inicia e freqüência, podem produzir a perda do esmalte, expondo a dentina, que ocorre principalmente na região próxima à gengiva, onde a espessura de tecidos dentais protetores é pequena.
Essas lesões são mais pronunciadas na região próxima à gengiva dos incisivos, caninos e pré-molares (região mais escovada), mais por vestibular (frente do dente) e predominantemente do lado esquerdo (pacientes destros escovam melhor o lado oposto à mão que higieniza) e mais na maxila (parte superior da arcada dentária) do que na mandíbula (parte inferior da arcada dentária). As lesões por abrasão nunca invadem o sulco gengival.

Abfração

As lesões por abfração foram descritas recentemente (cerca de dez anos atrás), se caracterizando por perdas de estrutura dental na região cervical (proxima à gengiva), resultante da flexão da coroa durante a função oclusal, decorrentes do excesso de esforço. Esse excesso de esforço pode originar-se de interferências oclusais, do apertamento dentário ou até do esforço mastigatório.
Essas lesões são pouco descritas, já que foram reconhecidas há pouco tempo. Com freqüência, a lesão na região cervical é observada em forma de cunha ou “V”, mas pode ser mais arredondada, complicando o diagnóstico. Lesões isoladas, somente em um ou alguns dentes da boca, não acometendo dentes vizinhos, podem ser explicadas através dessa teoria, pois a abrasão não acontece somente em um dente. É muito comum este tipo de lesão invadir o sulco gengival. Estas lesões não podem ser confundidas com as originadas pela abrasão, pois acontecem em uma região que jamais seria alcançada pelas cerdas da escova dental.
A lesão ocorre principalmente em pré-molares, tanto em superiores como nos inferiores, mas também em molares e caninos. A lesão por abfração em dentes anteriores é mais rara de ocorrer.

Tratamento da sensibilidade dentinária

O tratamento clínico de uma lesão cervical não cariosa será ineficiente se a causa não for eliminada. Quando, entretanto, são acompanhadas de sensibilidade dentinária, há necessidade de tratamento restaurador que acelere a eliminação da dor.

Quando o diagnóstico da ocorrência de perda de estrutura dentária na região cervical ocorrer por abrasão, o paciente deve ser orientado quanto aos procedimentos traumáticos de higienização. Cremes dentais muito abrasivas devem ser evitadas. O controle na freqüência, tipo de escovação e força aplicada também contribuem para evitar a progressão da lesão.
A perda de estrutura dental originada da erosão que ocorre principalmente nos dentes anteriores resulta em significante prejuízo estético. A lesão torna-se côncava, dando um aspecto escuro ao dente. A continua perda estrutural produz fraturas de esmalte nas bordas incisais ou oclusais, encurtando o dente. O diagnóstico e tratamento dessas lesões é difícil, pois os pacientes não revelam a história e muito menos se foram portadores de bulimia, anorexia ou alcoolismo. As sugestões para eliminação do fator erosivo seriam: análise da dieta e aconselhamento e redução do efeito da dieta ácida; orientar o paciente quanto ao uso de canudos quando a bebida for ácida; não escovar os dentes imediatamente após a ingestão de substancias ácidas (reduzir o risco de abrasão pela escovação); uso diário de solução fluoretada neutra como enxaguatório bucal, evitando assim a sensibilidade; quando há regurgitação, uso de bochechos com bicarbonato de sódio (substancia alcalina). Para completar o tratamento, executar restaurações.
Quando a perda de estrutura for ocasionada por abfraçao, inicia-se o ajuste oclusal através de tiras de cera e papel carbono fino, com a finalidade de procurar interferências oclusais e facetas de desgaste que possam estar resultando na formação dessas lesões. O procedimento restaurador de uma lesão por abfraçao só será iniciado após a correção dos contatos prematuros.
Como técnicas de tratamento auxiliares temos a utilização de pasta dentifrícias que contém nitrato de potássio em sua composição. O uso de flúor também está indicado, podendo ser recomendado para bochechos caseiros, em pastas dentifrícias ou, ainda, em aplicações tópicas (géis ou vernizes), feitas pelo profissional em consultório.